Após reforma de R$ 23 mi, Palácio é reinaugurado
Após reforma de R$ 23 mi, Palácio é reinaugurado
A restauração do prédio, que teve início em 2009, custou aos cofres públicos cerca de R$ 23 milhões
O Estado do Ceará vive um momento histórico. Após 25 anos, o Palácio da Abolição voltou, ontem, a ser sede do poder executivo. Com a decisão, o governador passa a ficar mais próximo do povo e suscetível a maior pressão por setores populares.
Contudo, segundo o atual governador do Estado, Cid Ferreira Gomes, a possibilidade de manifestações não é motivo de preocupação. "Todo governo tem que estar aberto a protestos, só espero que estes sejam pacíficos", declara.
O acesso ao equipamento será realizado a partir de agora pela Avenida Barão de Studart, para autoridades, e pela Rua Silva Paulet, para funcionários e convidados.
Gastos
A restauração do prédio, que teve início em novembro de 2009, custou aos cofres públicos cerca de R$ 23 milhões. O investimento, que partiu de recursos do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) e do Tesouro Estadual, faz parte das ações de recuperação do patrimônio histórico.
O superintendente do Departamento de Edificações e Rodovias (DER), Quintino Vieira, explica que o maior gasto se deu na parte estrutural e na recuperação da fachada, já que esta precisou ser totalmente restaurada. "A obra respeita a arquitetura original. O jardim tem o paisagismo de 40 anos atrás".
Em 7.640 metros, a nova sede do governo passa a abrigar ainda o gabinete do secretário-chefe da Casa Civil e do chefe do gabinete do governador. Além da sala de reunião, cerimonial, auditório, espaço de eventos, biblioteca e galeria de arte.
É justamente no quesito arte um dos pontos que o governo pretende focar. O espaço, composto por 126 obras de artistas plásticos cearenses, estará aberto para visitação. De acordo com Cid Gomes, a ideia é que o ambiente seja visitado não apenas por turistas, mas também por toda a comunidade. "É essencial que os estudantes possam obter este conhecimento".
A data escolhida para a reinauguração do equipamento, 25 de março, é a mesma em que se comemora a Libertação dos Escravos no Ceará.
Emoção
Pedro Castelo, filho do ex-governador Plácido Castelo, o primeiro a ocupar o Palácio da Abolição, ainda em 1970, se mostrou, ontem, bastante emocionado com a solenidade de reinauguração da nova sede. "Para mim é um momento de grande emoção. Se o meu pai estivesse vivo, certamente estaria muito orgulhoso em vê que o prédio foi resgatado".
O processo de tombamento do Palácio da Abolição teve início em maio de 2004, por meio de uma ação apresentada ao Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural. Após a restauração, o equipamento histórico continua a possuir o estilo modernista em concreto e aço.
Fique por dentro
Espaço físico
Com área total de mais de quatro mil metros quadrados, o Palácio da Abolição é um projeto da terceira geração do Movimento Modernista Brasileiro. As edificações do prédio, divididas em pavilhões, têm seus sistemas estruturais concebidos com a utilização de tubos de aço especial, sem costura, composto por pilares e vigas, fazendo uma alusão às estruturas de carnaúba. O jardim do Palácio possui como atração espécies da flora nativa da região Nordeste, além de dispor de um rio artificial.
LUANA LIMA
REPÓRTER
Fonte:Diario do Nordeste
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=953438
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